Hoje vamos falar sobre o início da Educação
Infantil no Brasil.
Você sabia que a primeira creche no Brasil
surgiu ao lado da Fábrica de Tecidos Corcovado, em 1899, no Rio de Janeiro,
segundo o pesquisador brasileiro Moysés kuhlmann Jr.
Naquele mesmo ano, o
Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro deu início a
uma rede assistencial que se espalhou por muitos lugares do Brasil.
Enquanto, no
mundo, a creche servia para as mulheres terem condição de trabalhar nas
indústrias, no Brasil, as creches populares serviam para atender não somente os
filhos das mães que trabalhavam na indústria, mas também os filhos das
empregadas domésticas. As creches populares atendiam somente o que se referia à
alimentação, higiene e segurança física. Eram chamadas de Casa dos Expostos ou
Roda.
Em 1919, foi criado o Departamento da Criança
no Brasil, cuja responsabilidade caberia ao Estado, mas foi mantido, na
realidade, por doações. Esse Departamento possuía diferentes tarefas: realizar
histórico sobre a situação a proteção à infância no Brasil, fomentar
iniciativas de amparo à criança e à mulher grávida pobre, publicar boletins,
divulgar conhecimentos, promover congressos, concorrer para a aplicação das
leis de amparo à criança, uniformizar as estatísticas brasileiras sobre a
mortalidade infantil.
A partir de 1930 com o estudo da situação do
bem-estar social e aceleração dos processos de industrialização e urbanização,
manifestam-se elevados graus de nacionalização das políticas sociais assim como
a centralização de poder.
Na
década de 1980 houve um avanço considerável com relação à Educação Infantil. Como:
·
Foram produzidos estudos e pesquisas de relevante interesse, inclusive
discutindo e buscando a função da creche/pré-escola;
·
Universalizou-se a ideia de que a educação da criança pequena é importante ( independentemente
de sua origem social) e que é uma demanda social básica;
Através de
muita luta a partir da Constituição de 1988, é que a Educação Infantil pela
primeira vez na história do Brasil reconheceu um direito próprio da criança
pequena que era o direito à creche e à pré-escola. A partir daí tanto a creche
quanto a pré-escola são incluídas na política educacional, seguindo uma
concepção pedagógica e não mais assistencialista. Esta perspectiva pedagógica
vê a criança como um ser social, histórico, pertencente a uma determinada
classe social e cultural. Foi na Lei das Diretrizes e Bases da Educação
nacional, (LDB Nº 9394/1996), que o termo Educação Infantil ganhou a forma mais
favorável à criança pequena desde que existe legislação Nacional no Brasil. A
LDB declara que a Educação Infantil começa dos 0 aos 3 anos de idade para quem
precisa estar numa creche, prosseguindo de 4 a 5 anos de idade como pré-escola,
tornando-se Educação Infantil, também um ciclo de 5 anos de formação contínua e
parte integrante, constituidora, da Educação Básica brasileira.
Foram muitas
lutas, conquistas e derrotas. Após uma longa trajetória, a criança brasileira
de 0 a 5 anos é hoje concebida como um sujeito de direitos à educação, direitos
que devem ser atendidos por instituições no âmbito dos sistemas escolares e no
âmbito das esferas do governo.
A Educação
Infantil é, portanto, um direito da criança, dever do Estado e opção da família.
Fontes:
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-historia-das-creches.htm
Comentários